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Sabe aquele dia que você tem a sensação de que fez tudo?! Colocou em prática todas as dicas dos “manuais” sobre criação, pensou em várias alternativas para oferecer ao seu filho, tentou distraí-lo com as brincadeiras preferidas dele, mas parece que nada funcionou? O choro continuou, a troca de fralda se arrastou manhã a dentro, a escovação dos dentes foi difícil, não aceitou nada do que você ofereceu para comer, e a sua frustração foi tomando conta.
Nós, mães e pais, muitas vezes assumimos uma posição de responsáveis pela felicidade dos nossos filhos. Como se houvesse algo que pudéssemos fazer para que eles ficassem sorridentes e de bom humor sempre. A verdade é que não funciona assim. Nossos filhos são pessoas como nós, que têm dias melhores e dias piores. É claro que a balança precisa pender para a felicidade, caso contrário é fundamental investigar o que está ocorrendo, mas dias difíceis fazem parte da vida. Às vezes uma noite mal dormida, um dente nascendo, uma dorzinha no corpo, ou um mal estar perturbam o dia deles também.
É importante observarmos nossos filhos e tentarmos ajudá-los no que é possível. Mas existem momentos que eles precisarão mesmo é de aceitação, de acolhimento, muito colo e carinho, e em alguns casos, a depender da criança ou adolescente, precisarão de espaço, de silêncio, de paz! E isto é o que há de mais importante a ser feito, mostrar aos nossos filhos que eles são AMADOS e ACEITOS por serem quem são, que acolhemos suas angústias, medos, tristezas, saudades, mal humor. Isso, MÃE e PAI, é muito mais precioso para seu filho que estar de bom humor o tempo todo!
E assim começamos a ensiná-los sobre inteligência emocional, ao dar o exemplo sobre aceitar e acolher as emoções que surgem, sejam elas quais forem.
Um abraço,
Cinara Invitti
Mãe, Psicóloga e Mestre em Psicologia
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