top of page
Foto do escritorCinara Invitti

Como devo agir quando meu filho se machuca?

Basta uma criança se machucar para mobilizar todo mundo ao seu redor, não é? Na maioria dos casos, as pessoas se preocupam e querem ajudar da maneira que acreditam ser a melhor para a criança. Após uma rápida análise da gravidade da situação, logo há alguém que “solta” um “levanta, levanta, não foi nada!”.


Quero que você imagine a seguinte situação, você está caminhando pela rua e uma senhora caminha em sua direção, antes de cruzar com você, ela perde o equilíbrio e cai ao chão. Em uma rápida análise parece que está tudo bem com a senhora. Então, o que você falaria a ela? Eu aposto que não seria um “levanta, levanta, não foi nada!”, estou certa?


Por que nos ensinam que não devemos considerar a dor da criança? Por que nos ensinam que a criança ficará manhosa se formos gentis e acolhedores com o que ela sente? Adivinhem? Mais uma oportunidade que poderíamos aproveitar para ensinar a criança a lidar com os sentimentos dela e a respeitarem o próximo, que PERDEMOS!


E vou contar uma coisa para você que talvez lhe surpreenda, existe mais chance de sua criança ficar “manhosa” se você ignorar a dor dela, que se você a acolher. Sim, existem aquelas crianças que "engolirão" o choro e seguirão desconectadas das suas emoções e levarão a lição de que sentir não é certo, que não é permitido. Mas existe uma parcela das crianças que aumentará o choro na tentativa de, quem sabe, ser ouvido.


Então convido você a acolher seu filho quando ele se machucar. Pense em como você agiria com a senhora que caiu a sua frente, pergunte ao seu filho “está tudo bem?”, “você quer um colo, um abraço, um carinho para se sentir melhor?”. Permita que ele chore, não precisa dizer a ele “calma”, “pronto”, “já passou”. Deixe que ele sinta o corpo dele, acolha, esteja presente, disponível, mas interfira apenas o necessário.


Ensine seu filho que é permitido SENTIR, e ajude ele a construir sua saúde emocional!


Um abraço,


Cinara Invitti

Mãe, Psicóloga e Mestre em Psicologia




Comments


Post: Blog2_Post
bottom of page