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Foto do escritorCinara Invitti

Chantagem Emocional

E quando a espontaneidade da criança não agrada ou não atende às expectativas dos adultos?


Não é incomum observar adultos que se utilizam da tristeza, da raiva ou da culpa para conseguir que a criança aja de determinada maneira. É o que chamamos de chantagem emocional.


Mas já vou adiantar que não existe lado positivo da chantagem emocional. Ela “rouba” a espontaneidade da criança, passa a conectar o comportamento da criança com o que o outro sente e não com o que ela mesma sente. A criança passa a agir para não magoar o outro, mesmo sendo contra o que ela gostaria de fazer.


As crianças são muito empáticas, elas não querem causar sofrimento no outro, principalmente em quem elas amam.


Não devemos exigir que a criança e o adolescente hajam como um adulto. TUDO A SEU TEMPO! Eles estão em um momento diferenciado da vida, em desenvolvimento, e se tiverem “bons exemplos” para observar, eles aprenderão. Agora, exigir deles que se comportem como adultos é irreal, eles não têm isso a nos oferecer.


E o preço que se paga pela chantagem emocional é alto. Ela pode gerar dificuldades em seu filho dizer “não” quando algo lhe causa sofrimento; pode anular seus sentimentos em prol da felicidade do outro; e também de perder a oportunidade de desenvolver autoconsciência dos seus desejos e sentimentos por estar muito conectado com os desejos e sentimentos dos outros.


Você já pensou que o que até facilitaria as coisas para nós, pais, hoje pode tornar-se um problemão na vida dos nossos filhos adultos, amanhã?


Permita que seu filho se expresse mesmo que de forma diferente do que você gostaria.


E se há necessidade de sua intervenção, faça com respeito e apresente o verdadeiro motivo para isso, não use seus sentimentos como forma de “controle” e não faça seu filho se sentir mal pelo que ele deseja.


Ninguém precisa se sentir mal para fazer o certo. As crianças são fantásticas elas compreendem tudo e adoram ajudar.


Agora que sabemos disso, vamos fazer diferente?


Um abraço,


Cinara Invitti

Mãe, Psicóloga e Mestre em Psicologia


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